8.3.06

Would you light my candle?

Não vale a pena mentir. Queremos o pacote completo: acordar nos braços de alguém, encostar a cara ao seu peito, ter o pequeno almoço na cama, começar o dia de trabalho com esse Amor. Receber uma mensagem ou um telefonema no meio do dia, chegar a casa e ter quem abraçar. Partilhar ideias, preocupações e projectos. Tomar banho juntos, fazer um jantar especial, dar as mãos no cinema.

Depois há o outro lado, as discussões, o trabalho que dá, ultrapassar obstáculos interiores e exteriores, negociar e renegociar tudo. Idealmente, tudo flui com naturalidade, mas na maior parte dos casos não é assim: o Amor exige uma disponibilidade psicológica enorme, de parte a parte. O mais fácil é que todos os esforços caiam por terra...

É frustrante dar tudo e acabar por esbarrar contra barreiras intransponíveis nos momentos mais vulneráveis. Tanto assim que muitos desistem de investir. A sofreguidão de que padecem cedo se torna em secura. Erguem-se as defesas, para não mais sofrer. Como se desistir dos sonhos fosse algo senão sofrer.

A vida é triste quando é condicionada pelo medo. Medo de ser assaltado, medo de falhar os objectivos, medo de sofrer... A cautela exige-se, mas quando esta manda matar os sonhos, castra do que mais importante há em nós. Gosto de realismo, mas não de resignação. Prefiro sofrer a tentar que fingir que não sinto. Cada um sabe de si, e há muitas formas de Amar... Mas quando para não sofrer se deixa de dar aquilo que se tem a dar, então, senhores, é crime!

A resignação é um crime, ou o caminho que leva à mesma é que o será. Não sei... Mas é feia e dói e não gosto dela. Recuso-me! A dor deve apenas servir para melhor apreciar as coisas boas da vida, nada mais!

Por isso mesmo, quero acreditar num Amor que não acaba. Amar como se não fosse sofrer, dançar como se ninguém estivesse a ver. E por isso, não consigo aceitar uma relação que saiba ter, à partida, os dias contados por algo que não o inevitável fim da vida. Nunca poderei dar o que tenho em mim, apenas será consolo, não Amor. E eu quero Amar, não quero ser consolado. Tenho tanto para dar, e tento saber receber, não me quero distrair com o acessório. É tudo ou nada, não quero o meio termo, nem quero crer que este é o único que posso ter. E acredito que, lá no fundo, somos todos assim. Por mais que disfarcemos com anos e anos de carapaças e defesas.

Queremos Amar e ser Amados, dar o que de melhor temos e receber o melhor de outra pessoa. Apenas dificultamos tudo quando nos anestesiamos.

Acrescentado mais tarde: Eu não preciso, para entrar numa relação, de ter a certeza de que esta seja para a vida. Isso não existe. Preciso é de ter uma esperança minimamente fundada de que aquela pessoa poderá construir comigo uma relação de Amor para o resto da vida.

29 comentários:

Anónimo disse...

Adorei o que escreveste. As palavras sairam-te duma forma perfeitamente certa, e correspondem ao que penso também.
Uma relação de Amor só pode ser total. Não admite meios termos.
Só desta maneira vale a pena. A realidade? Pois, não é fácil. Mas temos de ser optimistas e acreditar no Amor. Manter convicções e princípios. E aprender.

António

dcg disse...

Está muito bem escrito, como sempre.
Quanto à mensagem, concordo muito com ela e, sobretudo, adorei o 1º parágrafo.
O meu comnent peca assim por falta de discordância, o que tornaria a discussão muito mais interessante. :)

Anónimo disse...

Lá vai outra vez, mas tenho um tempito livre e vou aproveitá-lo assim:

Ninguém diz que não se possa ( deva, se a pessoa para tal se inclinar ) ter como objectivo uma relação amorosa para-toda-a-vida. E há casos - raros, no que toca ao amor homo - de tais relações. Eu não conheço directamente nenhum - mas há. Ainda outro dia, o Guardian, a propósito das uniões civis homo no UK, trazia uma reportagem com vários exemplos. Exemplos que são tocantes, também para mim.

O que me parece desrazoável é a estratégia tudo-ou-nada; a fixação apriorística desse objectivo; a recusa, à partida, de qualquer relação amorosa que não possa ter essa perspectiva; uma certa obsessão em fixar no início as regras numa matéria por essência oposta às regras.

Tu não podes congelar os corações humanos: o que eles sentem hoje - favorável ou desfavorável aos teus objectivos - podem não o sentir amanhã.

Julgo que essa atitude vai provocar muita ansiedade ( que não é boa conselheira nestas coisas ), uma grande rigidez de comportamentos ( em assunto em que se requer muita flexibilidade ) e até "sustos" em possíveis parceiros. At the end of the day ( toma! ), acarretar-te-á sofrimento escusado.

O argumento que tens muito para dar não é válido. Terás - j'en conviens -, mas tu não és uma mercadoria a trocar por um semper fidelis ad cadaver.

Estamos a falar de seres humanos e dos seus afectos, mutáveis, inconstantes, impermanentes, ... Que sentido faz querer construir sobre esta areia como se fosse betão? Se der até à morte - magnífico! Se não der - não deu! Que nos momentos passados juntos tenhamos sabido ser felizes é o que importa.

Eu julgo, sinceramente julgo, que tu tens um bichinho dentro de ti, a tua Consciência Moral, que te prega estas partidas. E que a tua educação religiosa te torna muito difícil impor respeito ao bichinho. Ouve-lo acima do que quer que seja. Ora, como já tive ocasião de dizer-te, é um bicho a ser ouvido com muita desconfiança. Seguindo o que ele diz, os homens têm cometido muitos erros e têm feito grandes sacanices a outros homens. Dá uma oportunidade ao outro método de que falámos: a AEFH ( = Aritmética Elementar da Felicidade Humana ).

Abraços,
Zorro.

Anónimo disse...

Bem...keria so deixar um comentario mt quick :P durante uma pausa do estudo.

Li o post todo, e não é nada que ja n me tivesses dito e mostrado. Na altura disse que não concordava e continuo a não concordar. Acho que quereres apenas o máximo, ou seja uma relação com alguem que dure até que a morte vos separe não é bom. Não é bom, nem real. Obvio que toda a gente quer isso. Acho que em parte se tornou parte da nossa Natureza, seja por factores boilógicos ou psicológicos, querer algo estável e duradoiro.

Agora, quando começas algo com alguem nunca tens a certeza de nada. Isso vai se ganhando com o tempo. No principio tas enamorado pela pessoa, mas nunca perdidamente apaixonado e a dizer k é o Homem/Mulher da tua vida. E deves deixar essa pessoa de parte apenas porque não sentes o tao difamado Amor? Como sabes que uma relação está perdida á partida, se tu próprio dizes que ela impõe trabalho e paciência?

Compreendo perfeitamente o teu ponto de vista. Só acho um pouco extremista.... as relações humanas, sejam elas amorosas ou nao, nunca são nada garantido. OU melhor, têm sempre uma margem de duvida ou incerteza.

Enfim...já ficou demasiado grande...hope you got it :p....e ja agora para aumentar a tua Big Head o post ta mt bem escrito :)...grrrrr metes-me raiva saber mexer em números e palavras lol

hugssss

/me disse...

Caro ZoRro,

À partida, qualquer relação é falível. Nunca se tem a certeza de que vai ou não funcionar, e por quanto tempo pode funcionar. Acho muito bem que se tente, sem medo de falhar e de sofrer.

A minha regra do tudo ou nada assenta em fazer por construir o tudo e recusar o nada. Porque há casos em que sabes que podes passar um bom período com uma pessoa, até um bom par de anos, mas não mais que isso, que naturalmente tudo irá acabar. Para mim, isso é consolo. É legítimo, desde que não haja enganos, mas não quero. Não me chega. Não o acho melhor que não ter ninguém. Porque nunca me vou entregar completamente numa relação assim...

O argumento de ter muito a dar acho-o válido. Eu quero dar-me a mim mesmo. É óbvio que isso é um processo gradual, mas apenas com confiança me poderei dar todo. Se é algo temporário, é óbvio que terei de me resguardar.

A forma como usaste "at the end of the day" foi muito pertinente. :P

Eu concordo quando dizes "Se der até à morte - magnífico! Se não der - não deu! Que nos momentos passados juntos tenhamos sabido ser felizes é o que importa". Só que preciso desse "se", preciso dessa possibilidade de dar até à morte. Caso não exista esse "se", não obrigado...

Amigo ZoRro, não estaremos a dizer quase as mesmas coisas, por outras palavras?

Anónimo disse...

Cada vez gosto mais deste blog, quer do autor, quer dos intervenientes. Parabéns a todos!

Falar de amor é sempre complicado. Principalmente porque o que dizemos nem sempre corresponde ao que fazemos. É algo do tipo "faz como eu digo, não faças o que eu faço...". No fundo todos queremos o mesmo, mas a maneira como o conseguimos exprimir varia bastante de individuo para individuo e de dia para dia.

O amor que quero e que ainda espero, é mais ou menos como o que descreves. Acho que o mereço, e nada menos do que isso. Mas se não aparece? Ou aparece e não dou por ele? São dúvidas e receios que nos atormentam a todos, acho...


Aequillibrium

/me disse...

Zeca, antes de mais um grande abraço. Sabes que fico muito feliz de te ver feliz. :D

Eu não preciso de certeza de que seja para a vida. Preciso é de ter uma esperança minimamente fundada de que o seja. E não tenho medo de arriscar.

:)

/me disse...

Aequillibrium,

Eu também gosto cada vez mais dos intervenientes. ;)

Pois, de facto falar de Amor quase todos o fazemos com relativa facilidade, mas a prática é mais difícil. Mesmo assim, penso que é muito importante ter estas discussões, até para nos compreendermos uns aos outros. A palavra Amor é muito lata, e é usada frequentemente para significar paixão, o que leva a grandes confusões, na minha opinião.

Eu sou optimista, acredito que acabamos por conseguir aquilo por que lutamos. Ou pelo menos, vale a pena tentar, e aprender no processo. Se não for desta, será na próxima. :)

Anónimo disse...

Concordo contigo. Talvez por isso utilize a palavra Amor muito pouco no dia a dia. Prefiro guardá-la para quando realmente tiver certezas...

Aequillibrium

Tongzhi disse...

Tudo na vida tem um ciclo. Por exemplo, o homem nasce e começa logo aí o seu processo de amadurecimento. Passa por fazes mais ou menos pungentes, e vai seguindo o seu caminho com o acumular de conhecimentos que a vivência lhe foi dando. A forma como encara as situações tem muito a ver com esse processo. Não ir ao cinema quando se tem 13 anos porque o pai o impediu, não é a mesma coisa que não ir ao cinema porque, por exemplo, o filho não se sente bem. No entanto são duas expectativas criadas que não se realizaram.
Para mim com o amor passa-se uma coisa semelhante. Ele nasce e vai amadurecendo. Não quer dizer que seja mais ou menos intenso. As suas manifestações é que se foram transformando, adaptando, criando novas ancoragens ao sabor dos dois seres que o vivem.
Há quem distinga a fase inicial chamado-lhe paixão... Quem assim pensa tenta desvalorizar essa fase dizendo que é a fase do empolgamento, do excesso e da necessidade de afirmação.
Não concordo muito com isso. Paixão para mim pode existir num amor “amadurecido”. São os pequenos, ou grandes “flaches” que alimentam a chama. São os dias especiais que se vivem. São as loucuras que se cometem e que, normalmente, acabamos por nos rir delas...
Ainda há dias eu dizia a alguém (a ele...) – “Eu já não tenho idade para estas coisas; eu sou uma pessoa de respeito; não tenho idade para isto!” Para mim o que aconteceu foi um momento de paixão entre duas pessoas que se amam.

Tongzhi disse...

Posso fazer um pedido???

Porque é que os "anônimos" não arranjam um nick e o usam escolhendo a opção "outro" no fundo do comentário?

Já fiz!!!

Anónimo disse...

\me, hoje, 8 de Março devia ter o meu nome a bold!!! Na Rússia é feriado! Podias ter oferecido uma flor às tuas "blogueiras"!!!

Agora a sério...

Tongzhi, será que me perdi no teu texto ou há algo contraditório no que dizes? Discordas com aqueles que designam a fase inicial de "paixão" mas depois falas em "flaches"...

AR

Anónimo disse...

/Me, uma das coisas que mais aprecio no teu blog, para além da qualidade dos teus textos, é o cuidado que denota a maioria dos comentários em escrever bem e argumentar em concordância. A exactidão e a inteligência com que alguns dos teus comentadores se exprimem é algo que diferencia o "Minudências" de outros blogs.
Apesar disto, parece-me que por vezes a mensagem resulta distorcida ou fica pelo caminho...
Quando um jovem adulto confessa que sente numa fase estagnada da sua vida não está necessariamente a dizer que já não espera nada do futuro. E quando te digo que não acredito na dinâmica das relações -- na forma como me parece que estão tipificadas -- e que não quero voltar a passar por uma ruptura como a que vivi há pouco tempo, estou longe de querer dizer que não acredito no amor ou que não quero voltar a envolver-me com outra pessoa. Todo o contrário!! Não sou uma pessoa resignada. Se o fosse, estaria resignado à minha situação actual e não me lamentaria. ;) De facto, desejo exactamente o mesmo que tu e não me fico por menos: revejo-me integralmente no teu primeiro parágrafo. A questão é que não nos pomos de acordo quanto à atitude a tomar quando nos envolvemos emocionalmente com alguém.
Eu sei, porque acho que te compreendi bem, que o teu conceito de relação contém a possibilidade de uma ruptura, mas parece-me que depois a vives de uma forma demasiado expectante... Tu adoptas o tal estilo "projecto de relação" que a mim, pessoalmente, incomoda. Quando dizes que necessitas uma "esperança minimamente fundada de que aquela pessoa poderá construir comigo uma relação de Amor para o resto da vida.", o que estás a fazer é a plasmar na relação a tua ideia do que esta deve ser, por vez de lhe permitires que ela flua livremente, e estás a inculcar-vos (sim sim, nos dois!) uma pressão (a tal expectativa) que não só não vos ajuda, como ainda vos pode perjudicar. Também não posso imaginar envolver-me com alguém que sei, à partida, que daqui a um ano vai para Singapura por tempo indeterminado! Já amei à distância e sei como acaba... Mas, para mim, o ideal é viver a relação sem expectativas demasiado altas: sem esperar que seja para toda a vida e, da mesma forma, sem esperar que termine na próxima semana! Vivê-la com ligeireza e em paz, sem lhe impôr prazos de validade como aos iogurtes!
Além disso, relaxa: todo e qualquer projecto que possas iniciar com outra pessoa (e estou a pensar em questões prácticas como a compra de uma casa, por exemplo), resulta ou não independentemente da perspectiva que possas ter de antemão, e qualquer momento é bom para virar a tua vida do avesso, como já também te comentaram.
E pronto. Volto a alargar-me demasiado...

P.S.: Tongzhi, obrigado pela sugestão! Ainda não tinha reparado que isto se podia fazer... Ah, e... Tongzhi, o meu segundo parágrafo (e início do terceiro) é para ti. ;) AH!! E... Tongzhi! eh eh eh! Estive quase a colar aqui um excerto de uma canção que encontrei no blob do teu dear one. ;p

/me disse...

AR,

Tens direito de ter o nome a bold, pois claro! As minhas blogueiras merecem bem mais do que flores. :) Envio desde aqui beijos a todas! :D

Tongzhi disse...

AR (a bold :) )
Eu não digo que não há paixão. Apenas acho que não é o inicio do amor e que depois acaba...

enoch
Percebi o que era para mim e agradeço o teu ponto de vista.
Quanto à letra podias ter posto... assim fico desconfiado o que é que o meu Dear Big anda a escrever

/me disse...

Enoch, sou um privilegiado. ;)

Olha que não estamos a discordar tanto quanto isso. :)
Na prática, quando se entra numa relação, concordo que se deve viver o momento. Planear para o futuro é óptimo, mas no começo da relação não se pode nem deve decidir o que se vai fazer daí a um ano, quanto mais a 5. :) O direito a planear para o futuro é algo que se ganha, com o tempo. Concordo contigo.

E "alarga-te sempre demasiado", por favor. :)

Anónimo disse...

\me, é engraçado, mas quando conheci a mulher com quem vivo, olhei para ela, num jantar académico e de grande formalidade e disse para comigo "vou viver o resto da minha vida com aquela mulher" (o resto da mesa também é testemunha, que foi um para comigo bem alto). Não lhe sabia sequer o nome. Demorei um ano e tal para de uma forma disparatada me meter com ela, outro tanto para lhe vender o produto e desde há muito venho desfazendo o embrulho...

Como diz o Tongzhi (desculpa, hoje é dia 8 estou meio burra e depois de tanta palestra...) há de facto uma fase inicial de tremores e rubros. Claro que isso passa e ainda bem! Senão três anos depois eu ainda estaria sem conseguir trabalhar! Mas, de facto, a melhor coisa do mundo é saber que acabo de escrever isto, desligo o computador e vou ter com ela. Assim. Num gesto tão trivial se resume grande parte da minha vida.

Bem, desculpa contar-te a história da minha vida (há quem tenha levado com um texto maior!!!). Mas, de facto, há quem parta para uma relação assim de saber feito. Olha, correu bem! Mas podía ter corrido mal! Olha, nunca se sabe!

Um bom final de "dia das meninas" para ti e beijinhos.


AR (um bold para mim!)

Mikael disse...

Cá estou eu a preparar-me e amentalizar-me p escrever um comment e ser mais um no meio da multidão :P

Quem escreve sobre um tema destes (e do modo como escreves) deve esperar uma chuva de comentários em catadupa. E eu, com a mania de opinar, cá vou meter a minha colherada.

Olho sempre de soslaio as generalizações.. o "queremos..." como se andássemos todos em busca do mm, quando na realidade se assim fosse seria mt mais fácil encontrar uma pessoa que se enquadrasse no nosso plano de futuro. Se assim fosse, n estaríamos incessantemente a ser magoados, ou a magoar... se assim fosse tu não tinhas escrito o que escreveste nem nós estaríamos aqui a comentar porque estaríamos demasiado ocupados a ser felizes :)

Mas a veradade, a meu ver (e tal como o dizes), muitas vezes, quando pensamos que encontrámos a pessoa que é a tal ou acomodamo-nos, ou deixamos de lutar ou simplesmente resignámo-nos com medo de apostar. Mas não acredito em Amor pelo qual não se lute, porque após a paixão e fulgur que caracteriza o início das relações se não existir um tremendo esforço e vontade de lutar para criar uma relação tudo se esvai rapidamente (o que pode não ser tão célere é a apercebermo-nos disso).

Amar é viver em plenitude a outra pessoa. Pensar a todos os momentos no Nós e não no Eu! É fazer planos conjuntos, é arriscar, é passar por problemas e resolvê-los definitivamente... Amar é...

Amar é o melhor que se tem nesta vida, mas como a maioria das coisas boas sem luta não sobrevive!

Abraço!

/me disse...

AR,

gostei muito da história. :D
Fiquei com um sorriso nos lábios. Obrigado por a teres contado!

Anónimo disse...

/me:

1) Não sei se dizemos quase a mesma coisa; mas, no que é importante - o que se FAZ -, sabes que procedemos de maneiras diferentes.

2) No teu post perpassa a ideia que quem procede como eu proponho desiste de objectivos mais altos, faz um downgrading de ambições. Discordo fortemente: a AEFH não tem, de todo, tal génese. Para explicar melhor a AEFH preciso de algum tempo, que agora não tenho. Amanhã.

AR ( Não consigo fazer bold; imagina-o ):

O teu comentário é genial: o jantar académico formal ... o teu pensamento em voz alta ... a venda do produto ... o desfazer do embrulho ... o desligar do computador, ires para casa e ela estar lá ... a trivialidade dos pequenos gestos que resumem a vida ...

Acharás o que digo a seguir too queer - mas um homem é apenas uma mulher imperfeita.

Zé Ribeiro.

/me disse...

Tia Loira, vais sempre a tempo. :)

Gostei muito do teu comentário!!! :D

Anónimo disse...

\me, deixa-me responder que eu não posso ficar indiferente a este comentário... Ele há cada uma...

Tia Loira, a tua capacidade de te imaginares virgem! Ainda me estou a rir! Nem consigo escrever mais nada... Ele há cada uma...

Olha agora não quer o bolo todo enfeitado!!! E a tia não me puxe pela língua... Que caturreira de coisa! Ele há cada uma...

Sai uma aspirina!

AR

Anónimo disse...

O que pode dizer sobre o tema alguém que nunca sentiu o dito Amor? Nada, devia era estar calada, né? : ) Mas cá vai...

Nas minhas restantes relações, exijo das pessoas com quem me dou um grau de compatibilidade bastante elevado, mesmo assim ainda tolero uma certa falta de afinidade. Bem, a pessoa pode ter a minha paixão pela música mas não a minha paixão pelo cinema, que seja... não é que eu passe todas as noites com ela e que tenhamos de arranjar programa juntos. Numa relação a dois não é assim, por isso eu entro sempre com pezinhos de lã. (Por esta altura, alguém me diz nas conversas ao vivo e a cores que eu racionalizo demais o amor, o Amor, e tudo e tudo...) Mas dizia eu, que começo sempre a apalpar terreno e a verificar o tal SE, a aperceber-me inevitavelmente (sim, sem esforço consciente para tal) de todos os "upsides" e "downsides" que tornarão viável ou inviável uma relação de futuro. Note-se que uma relação pode ter aparentemente todos os motivos para funcionar e faltar depois o resto! Ou simplesmente o "resto" deixar de existir ao longo do tempo, também acredito nessa possibilidade... Seja como for, num ponto concordo ctg, querido \me, ou eu vejo claramente a possibilidade e vou andando e aproximando-me cada vez mais do precipício (aquele bom, onde se quer cair : ) ) ou posso até passar tempo com aquela pessoa e ter bons momentos com ela, mas sem enganos como já alguém aqui disse. Não o engano a ele, não me engano a mim, e acredita que a tal possibilidade é para mim clara como água, só leva algum tempo a formar-se mas confio plenamente nela.
Esquematizando (vamos a ver se consigo, onde está o raciocínio analítico quando se precisa dele, às 9h da noite...?):

1º pacote completo: pois claro. Começar suposta vida a dois com alguém que eu ache que não reúne as condições necessárias à partida é suicídio relacional e masoquismo a toda a prova. Se a pessoa tem como saber que em determinado ponto, INCONTORNAVELMENTE, a relação vai deixar de ser possível, não merece piedade quem "vai onde o leva o coração" ignorando a 100% a cabeça e considera seriamente a possibilidade de uma vida a dois com essa pessoa, lamento.

2º Relações não-vitalícias: pois claro. Mal do ser humano como eu, que anda há ** anos à procura de uma cara metade, se pelo meio não se permitisse o "consolo", o calor humano, o carinho e, porque não dizê-lo com frontalidade, o encorajamento para a auto-estima, de uma relação que se sabe à partida estar condenada. Sublinho que é perfeitamente possível sabê-lo... pelo menos eu sempre o soube, e não, não foi por causa disso que essas relações falharam : ) Acho-as benéficas para ambas as partes e necessárias para a sanidade mental, pelo menos a minha. Fui descobrindo a pouco e pouco a importância do contacto físico e do ser apaparicado e não me envergonho disso.
Portanto, viva toda e qualquer forma de ser feliz, assumidamente provisória ou com potencial, mesmo que acabe por não ser concretizado, de durabilidade. : )

(Bolas, ficou grande como eu sei lá... olha se já tivesse estado apaixonada...!)

/me disse...

lost_girl, mantemos o nosso plano de nos casarmos se aos 99 não tivermos encontrado ninguém? :P

Anónimo disse...

Combinadíssimo! E vivermos 6 meses fabulosos de amorrrrr pelo chão! heheh

/me disse...

É chato quando se perde as forças nas pernas...

Mas que é isso de 6 meses??? Tencionas trocar-me por alguém mais novo? :(

Anónimo disse...

LOL Pois, já sabes que eu tenho esta necessidade de novidade... ;) Os rapazes de 80 têm uma vitalidade que tu já não terás, não há nada a fazer.

/me disse...

Se assim é, aconselho-te a teres cuidado com o copo onde pões a dentadura, não vá alguém trocar-te a água por detergente...

Rai's partam a velha!

Anónimo disse...

É verdade que eu já propus ao Enoch uma cena a três quando eu tivesse 111 e ele 84 ...

Mas vocês exageram! Que de pormenores lúbricos!

Tinha piada que chegássemos todos lá ... era um fiasco completo ... e uma risota pegada.

Zé Ribeiro.