No ano anterior ao último do ensino secundário, tive um professor péssimo. Não só passava as aulas a falar da sua vida pessoal - aliás desinteressante -, como tinha um sistema de avaliação pseudo-objectivo, que na realidade manipulava a seu bel-prazer.
Eu não podia com o homem. Achava-o injusto, patético, demagógico, falso e até perigoso. Não suportava os seus incentivos à bajulação e à competição desenfreada ou a sua falta de profissionalismo. Mais tarde, vim a saber tratar-se de uma pessoa desequilibrada.
O pior é que ele parecia gostar de mim. Se calhar achou curiosa a minha frieza educada, suponho que não a entendeu. Chegou-me a elogiar, até um dia perceber que eu não jogava o jogo dele. Foi um processo lento e progressivo, mas inevitável, até entrar na lista negra do homem.
Num dos últimos dias de aulas, num exame oral (no secundário!), o stôr perguntou-me apenas perguntas ambíguas para me conseguir baixar a nota*. Tinha a faca e o queijo na mão e adulterou todas as regras de honestidade mental. Submeti-me a tudo. No fim, pedi a palavra. Levantei-me e disse-lhe que ele tinha agido de má fé, comigo e com outros colegas. Que era tudo propositado. Que era vergonhoso um professor agir daquela forma. E voltei-me a sentar. Sabia que apenas tinha a perder, que era a parte fraca, mas quis dizer-lhe tudo, cara a cara.
Age-se assim quando se sabe ter razão. Saber que estamos certos muitas vezes compensa o que se perde ao confrontar as pessoas. O que não compreendo é quando se desferem ataques ao abrigo da anonimidade. É falta de coragem ou, mais frequentemente, falta de razão. Foi o que aconteceu ao Zé Beirão, foi alvo da cobardia alheia. Alguém deixou comentários desagradáveis no seu blog, dirigidos a uma qualquer outra pessoa, mas não por isso menos antipáticos. Resultado: o Zé perdeu a vontade de continuar com o seu blog. Para não permitir que na sua "casa" alguém fosse insultado. Para ti, Zé, um abraço solidário.
* No fim, ganhei eu. Perdi uma semana de férias a estudar para o exame de melhoria da disciplina, mas acabei com a nota que merecia.
Eu não podia com o homem. Achava-o injusto, patético, demagógico, falso e até perigoso. Não suportava os seus incentivos à bajulação e à competição desenfreada ou a sua falta de profissionalismo. Mais tarde, vim a saber tratar-se de uma pessoa desequilibrada.
O pior é que ele parecia gostar de mim. Se calhar achou curiosa a minha frieza educada, suponho que não a entendeu. Chegou-me a elogiar, até um dia perceber que eu não jogava o jogo dele. Foi um processo lento e progressivo, mas inevitável, até entrar na lista negra do homem.
Num dos últimos dias de aulas, num exame oral (no secundário!), o stôr perguntou-me apenas perguntas ambíguas para me conseguir baixar a nota*. Tinha a faca e o queijo na mão e adulterou todas as regras de honestidade mental. Submeti-me a tudo. No fim, pedi a palavra. Levantei-me e disse-lhe que ele tinha agido de má fé, comigo e com outros colegas. Que era tudo propositado. Que era vergonhoso um professor agir daquela forma. E voltei-me a sentar. Sabia que apenas tinha a perder, que era a parte fraca, mas quis dizer-lhe tudo, cara a cara.
Age-se assim quando se sabe ter razão. Saber que estamos certos muitas vezes compensa o que se perde ao confrontar as pessoas. O que não compreendo é quando se desferem ataques ao abrigo da anonimidade. É falta de coragem ou, mais frequentemente, falta de razão. Foi o que aconteceu ao Zé Beirão, foi alvo da cobardia alheia. Alguém deixou comentários desagradáveis no seu blog, dirigidos a uma qualquer outra pessoa, mas não por isso menos antipáticos. Resultado: o Zé perdeu a vontade de continuar com o seu blog. Para não permitir que na sua "casa" alguém fosse insultado. Para ti, Zé, um abraço solidário.
* No fim, ganhei eu. Perdi uma semana de férias a estudar para o exame de melhoria da disciplina, mas acabei com a nota que merecia.
5 comentários:
Lá deixei um comentário no ZB.
Se procedeste assim com o prof, subiste um ponto na minha tabela ( que é logarítmica de base 10 ): tens princípios e ... outra coisa que eu não posso dizer, que este é um blog respeitável ( mas vêm aos pares ).
Um grande abraço,
ZR.
Há que saber lutar contra as injustiças, se bem que geralmente é sempre mais fácil não o fazer... Para mim é ponto fulcral no carácter de uma pessoa o saber lutar e o saber reconhecer os erros. Talvez por isso me digam que sou demasiado esquisito a escolher os meus amigos. (pronto já estou a deambular... sou mesmo egocêntrico :P)
Eu como gosto de ter a decisão final nos comentários que surgem no meu blog uso, tal como tu, a moderação dos mesmos. Quem comenta deve achar chato não aparecer logo o seu comentário ou rídiculo que tenham que ser aprovados. Mas o meu blog é um espaço meu que quero partilhar com todos é certo, mas no qual só dou o "privilégio" a alguns de comentar. Pode parecer ditatorial, mas o que eu sei é que se poupam muitos problemas assim. E é pena que desapareçam bons blogs por causa de comentários cobardes e anónimos.
Aliás, o Todo-Poderoso me perdoe se estou a ser injusto para com os heteros, mas nos últimos tempos começo a desconfiar que essa outra coisa é mais frequente nos gays, bis, etc que neles.
Talvez por terem que lutar mais.
ZR.
com todo o respeito que este assunto merece: Não era mais fácil teres escrito 11º ano?
Quanto ao resto foi uma atitude de homem. Não conhecia o blog do zé beirão e só por isso não me pronuncio sobre ele.
Mr Fights, eu tenho algum pudor em escrever números. :P Se puder, evito. É mania minha... E assim, até pareço inteligente e tudo (ou maniento...).
Tia Loira, eu quase sempre alinhava do lado dos professores no liceu. Era um traidor. :P
Mikael, colega de regime (ditatorial), um abraço para ti!
ZR, os heteros que não te ouçam. :P
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