1) O casamento entre pessoas do mesmo sexo, SSM, é, de facto, uma mudança de paradigma. O casamento passará a ser baseado exclusivamente nos afectos, perdendo-se qualquer ligação com a procreação. Sob o mesmo nome, trata-se de coisas diferentes.
2) Já houve outras mudanças de paradigma de casamento. A mais importante foi a introdução do casamento civil, retirando o casamento da esfera religiosa, dos "desígnios de Deus", ...
3) Portugal foi um dos primeiros países a introduzir o casamento civil no Código do Seabra. Reconhecendo a Carta Constitucional a possibilidade de existirem súbditos não-católicos, o Código creou - só para eles - o casamento civil. A Igreja protestou fortemente; foi o início de uma das mais feras polémicas do sec XIX português, entre o católico Herculano e a hierarquia.
4) A República alargou o casamento civil a todos os cidadãos. A Igreja protestou fortemente.
5) Anteontem, Policarpo numa homilia, afirmou que a Igreja não tem nada contra os homossexuais ( e a abóbada não lhe caiu na cabeça! ), mas que está contra o SSM.
6) Policarpo referia-se ao casamento civil, instituto jurídico a cuja creação a Igreja se opôs, a cujo alargamento a Igreja se opôs, a que não reconhece validade. Só porque nos toma por tolos pode pretender aparecer como defensor do casamento civil.
7) Policarpo-cidadão tem o direito de ter e exprimir qualquer posição sobre o SSM, que deve ser escutada nos mesmos termos da do meu vizinho Tonecas. Policarpo-patriarca NÃO tem o direito moral de se pronunciar sobre o SSM, e se, por nos julgar tolos, o faz, a sua posição deve ser ignorada.
2 comentários:
Bom, bom, lá vou eu:
1) O casamento entre pessoas do mesmo sexo, SSM, é, de facto, uma mudança de paradigma. O casamento passará a ser baseado exclusivamente nos afectos, perdendo-se qualquer ligação com a procreação. Sob o mesmo nome, trata-se de coisas diferentes.
2) Já houve outras mudanças de paradigma de casamento. A mais importante foi a introdução do casamento civil, retirando o casamento da esfera religiosa, dos "desígnios de Deus", ...
3) Portugal foi um dos primeiros países a introduzir o casamento civil no Código do Seabra. Reconhecendo a Carta Constitucional a possibilidade de existirem súbditos não-católicos, o Código creou - só para eles - o casamento civil. A Igreja protestou fortemente; foi o início de uma das mais feras polémicas do sec XIX português, entre o católico Herculano e a hierarquia.
4) A República alargou o casamento civil a todos os cidadãos. A Igreja protestou fortemente.
5) Anteontem, Policarpo numa homilia, afirmou que a Igreja não tem nada contra os homossexuais ( e a abóbada não lhe caiu na cabeça! ), mas que está contra o SSM.
6) Policarpo referia-se ao casamento civil, instituto jurídico a cuja creação a Igreja se opôs, a cujo alargamento a Igreja se opôs, a que não reconhece validade. Só porque nos toma por tolos pode pretender aparecer como defensor do casamento civil.
7) Policarpo-cidadão tem o direito de ter e exprimir qualquer posição sobre o SSM, que deve ser escutada nos mesmos termos da do meu vizinho Tonecas. Policarpo-patriarca NÃO tem o direito moral de se pronunciar sobre o SSM, e se, por nos julgar tolos, o faz, a sua posição deve ser ignorada.
ZR.
Pois...
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