Um amigo precisava de uma resposta clarificadora. Obteve "as luzes das estrelas hão-de iluminar o nosso caminho". Discutivelmente poético, mas seguramente enervante... Odeio metáforas que mais não fazem que esconder o vazio. Parece ser recorrente, nalgumas pessoas, refugiar-se em palavras bonitas para fugir às questões! De estilhaçar os nervos a qualquer um...
Por falar em metáforas, tenho uma a oferecer-vos. Um amigo meu trabalha numa pizaria, aqui na Holanda. Lá, têm o vinho da casa, baratinho, e um vinho melhor e mais caro. Pois bem, o dono do restaurante, que é italiano, recusa-se a vender o vinho melhor à maioria dos clientes, mesmo quando o pedem. Com muito jeitinho, consegue convencê-los sempre que o vinho da casa é bom, e que não vale a pena gastar mais. A razão? Diz que não quer desperdiçar o vinho de qualidade em pessoas que não o sabem apreciar (o que, segundo ele, se aplica à esmagadora maioria dos holandeses)...
Guardem esta história na memória, secção de "histórias que são fáceis de usar para criar uma metáfora".
Quanto a eufemismos, sou um fã. Para quê "tenho de ir mijar/cagar", quando se pode dizer "tenho de ir à casa de banho"? Toda a gente sabe para que serve a casa de banho, e na maioria das conversas não costuma fazer muita diferença que modalidade de de uso se lhe vá dar... Pior só mesmo "tenho de ir fazer xixi/cocó", dito por alguém com mais de 10 anos. Aos menos a primeira alternativa criticada era de macho. Meus amigos, ir "fazer xixi/cocó" é pecado duplo: não só é verbalizada uma acção que eu preferia não ter de visualizar, como ainda por cima o é usando uma expressão infantil. Se isso pode até ser enternecedor num miúdo, já não o é tanto numa "criança grande" (outro eufemismo)...
Vou-me escusar a comentar a questão do tampo da sanita.
Se estavam à procura de um sentido neste post, lamento desiludi-los. Não tem mesmo.
Por falar em metáforas, tenho uma a oferecer-vos. Um amigo meu trabalha numa pizaria, aqui na Holanda. Lá, têm o vinho da casa, baratinho, e um vinho melhor e mais caro. Pois bem, o dono do restaurante, que é italiano, recusa-se a vender o vinho melhor à maioria dos clientes, mesmo quando o pedem. Com muito jeitinho, consegue convencê-los sempre que o vinho da casa é bom, e que não vale a pena gastar mais. A razão? Diz que não quer desperdiçar o vinho de qualidade em pessoas que não o sabem apreciar (o que, segundo ele, se aplica à esmagadora maioria dos holandeses)...
Guardem esta história na memória, secção de "histórias que são fáceis de usar para criar uma metáfora".
Quanto a eufemismos, sou um fã. Para quê "tenho de ir mijar/cagar", quando se pode dizer "tenho de ir à casa de banho"? Toda a gente sabe para que serve a casa de banho, e na maioria das conversas não costuma fazer muita diferença que modalidade de de uso se lhe vá dar... Pior só mesmo "tenho de ir fazer xixi/cocó", dito por alguém com mais de 10 anos. Aos menos a primeira alternativa criticada era de macho. Meus amigos, ir "fazer xixi/cocó" é pecado duplo: não só é verbalizada uma acção que eu preferia não ter de visualizar, como ainda por cima o é usando uma expressão infantil. Se isso pode até ser enternecedor num miúdo, já não o é tanto numa "criança grande" (outro eufemismo)...
Vou-me escusar a comentar a questão do tampo da sanita.
Se estavam à procura de um sentido neste post, lamento desiludi-los. Não tem mesmo.
4 comentários:
Eu também adoro eufemismos. ;-)
http://snipurl.com/m5xn
"Vou cagar." ou "Vou mijar." Acho que é melhor do que dizer "Vou à casa de banho", porque dizer esta última é criar no ouvinte o drama, o mistério, o horror. Isto é, será que o tipo vai cagar? (pode até peidar-se, esforçar-se e não sair, pode o troço chapinhar na água e salpicar as partes malandrecas, enfim, pode até pôr o dedo na mousse sem querer e sempre, submeter a pila às mais adversas condições... enfim um manancial de situações...) ou vai mijar? (acertando ou falhando a sanita, mijando tudo, tampo, chão, mãos, sapatos, e depois claro a dúvida se lavou ou não as mãos pode ser assassina de amizades...). Uma pessoa fica confusa e temerária quando nos dizem, "vou à casa de banho". Se disserem uma das outras duas tudo fica bem mais concreto e uma das partes pode ser esquecida com certo alívio. Bem, as metáforas ficam para a próxima, abrevio aqui o meu comentario, porque tou à rasquinha para ir à casa de banho.
Caro Anónimo, uns eufemismos agradecia-se... A sério!
eh eh eh! Podia apostar que conheço este anónimo! A forma de escrever e a naturalidade com que se expressa no âmbito da escatologia denunciam-no -- se não estou em erro! ;p
Por um milhão guardo silêncio! JUAAAHAHAHAHAHAAA!!! :D
Enoch
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