20.2.06

Assim como quem não pensa

Não gosto que me digam "só tu". É mentira.

Não gosto que me digam que sou "especial". Ou me estão a chamar deficiente ou algo vai acabar por sobrar para mim.

Fujo a conversas de casa de banho. Nem que encontre o meu melhor amigo que não vejo há meses, apenas o cumprimento e proponho continuar a conversa "lá fora". A sério que não é local onde me consigam prender mais que o tempo estritamente necessário para cumprir aquilo para que lá fui.

E sim, sinto-me bem melhor depois de ter escrito isto!

Finalmente, o lobby gay afinal existe mesmo - está aqui! Sinto-me obrigado, sob pena de vir a perder o direito ao cartão 2g (gay gold - quando for inventado dará descontos em cultura e roupas), a ir à versão online d'As Beiras participar na votação "Portugal deve permitir casamentos entre homossexuais?"

Nos próximos dias, não vou estar muito online. Um abraço a todos!

10 comentários:

Vítor Mácula disse...

Abraço!

Anónimo disse...

Eu também não me saio bem em "conversas da treta" ou "conversas de visita de hospital", como lhes costumo chamar. Mas há uma série de estruturas que às vezes são úteis. Que fazes, senão, fechado num elevador com um colega de trabalho que vês todos os dias mas de quem não sabes nada?...

Partilho do teu dilema...

Enoch

Manuel disse...

Cá te esperamos. Näo te percas!
Abraço

Anónimo disse...

1) " ... não é local onde me consigam prender mais que o tempo estrictamente necessário para cumprir aquilo para que lá fui."

"cumprir" aplicado aos actos humanos numa casa de banho parece-me sintoma dum sentido do dever exacerbado.

Eu cá, a caminho de uma casa de banho, para fazer seja o que for, antecipo o alívio ou o prazer ( estou a falar do banho ). Dever, obrigação, frete, ... - nunca me aconteceu. Mas vou estar mais atento aos meus sentimentos.

2) A condenação das conversas da treta parece-me exagerada e um pouco puritana ( era caracteristica dos puritanos ingleses do sec XVII, dos quakers, ... ). Desempenha, na máquina social, o papel de lubrificante do óleo que pões no motor do carro ( como muito bem assinala o Enoch ).

3) Claro que o lobby ( no sentido dos EUA ) gay existe, como existem muitos outros lobbies, por exemplo o dos homófobos. A chatice é ter pouca força. Mas a responsabilidade principal desta fraqueza cabe aos próprios gays e, em geral, aos minoritários sexuais, que se torcem todos para defender publicamente os seus direitos. Isto aprende-se na família. Mesmo os paizinhos que aceitam a gayness dos filhos raramente lhes dizem ( estou a lembrar-me duma cena do "Philadelfia" ): "Educámos-te para lutares pelos teus direitos. Luta, que tens todo o nosso apoio".

Zé Ribeiro.

/me disse...

1- És tramado, Zé. :p
Eu aqui a tentar escrever de um modo engraçado, e tu cais-me em cima. :)
Nota que eu estou a falar de casas de banho públicas! E estou a referir-me às pessoas que se encontram casualmente numa e ficam lá a falar dos filhos e dos planos de fim de semana. Ou seja do que for. Casas de banho, para mim, não são sítios para se estar na conversa. Não me incomoda que os outros estejam, mas eu não.

2- Eu não estava a criticar as conversas de ocasião! Prefiro que as haja à sua ausência...

3- Não desconverses. :p Já foste votar? ;)
(sou um membro activo do lobby!!!)

Anónimo disse...

Claro, e estamos a ganhar ( o que me surpreende! ).
ZR.

Anónimo disse...

Retomando o tema anterior..: gostei muito dos comentários do ZR. Percebi que já viveu e refletiu sobre aspectos que me tocaram, porque tb os estou a viver actualmente. Estou-me a referir ao pós-relação, o continuar a amar sobre outras formas possíveis. A necessidade de continuar a ajudar o outro.. é complexo sem dúvida. Os teus comentários ajudaram-me a pensar melhor sobre isto. Obrigado.

António

Miguel disse...

Obrigado /me

/me disse...

ZR,

Recebeste o mail que te mandei?

Anónimo disse...

Sim, sim.
Mas só devo poder responder-te amanhã.
'braço.
ZR.