Farto da dieta de cereais e frutas a que uma crise de vesícula me obrigou, num estado de ansiedade apenas explicável por fraqueza do corpo, peguei numas fotocópias do livro que estou a estudar e fui consolar misérias.
Sendo domingo, tive de percorrer meia cidade até encontrar algum restaurante aberto. A sorte é que ia jantar, pois almoço para estas gentes não passa de pão, sendo assim difícil encontrar algo mais substancial que Donner Kebab para comer.
Acabei por abancar num local onde já tinha estado antes e que serve comida boa a preços razoáveis. Tem - para mim - o típico defeito dos restaurantes holandeses: iluminação fraca, pouco ajudada por umas insipientes velas. Romântico? Talvez, mas não quando se come só. E acompanhado fosse, não sei com que pessoas feias andará o inventor do conceito velas-são-românticas a jantar, eu sempre gostei de ver a cara das pessoas com quem janto.
Mandei vir um prato de carne grelhada com puré de batata e salada. Para beber, uma garrafa de água. Vinte centilitros a dois euros, que esta gente faz-se pagar. Qualquer prato que se escolha vem acompanhado de uma porção de batatas fritas. À minha frente, umas senhoras nos sessentas arredondavam as formas com enormes canecas de cerveja, enquanto petiscavam as batatas, que em restaurantes menos chungas se chamam de pommes frites.
Para o holandês tudo o que lhe põem à frente é motivo para bradar lekker, o que em português quer dizer "delicioso". Mas tudo isso é dito com tanta falta de emoção e tão independentemente da qualidade da comida que desconsola os demais. Para eles, não interessa realmente se sabe ou não bem. Interessa o preço, a quantidade, se está ou não quente, mas acima de tudo o aspecto e o ambiente que os rodeia. Para um holandês, uma comida é melhor que a outra se o restaurante tiver melhor aspecto. De resto, pouco importa. Por isso a omnipresença das velas.
O meu jantar estava delicioso. Batatas fritas à parte, que não jogavam com o resto mas das quais não resisti a petiscar, foi dos pratos mais bem conseguidos que comi em restaurantes a preços acessíveis. Não que eu seja grande apreciador... Mas estava realmente bom. Não resisti a pensar que esta mesma comida dada a holandeses, é claramente pérolas a porcos...
Sendo domingo, tive de percorrer meia cidade até encontrar algum restaurante aberto. A sorte é que ia jantar, pois almoço para estas gentes não passa de pão, sendo assim difícil encontrar algo mais substancial que Donner Kebab para comer.
Acabei por abancar num local onde já tinha estado antes e que serve comida boa a preços razoáveis. Tem - para mim - o típico defeito dos restaurantes holandeses: iluminação fraca, pouco ajudada por umas insipientes velas. Romântico? Talvez, mas não quando se come só. E acompanhado fosse, não sei com que pessoas feias andará o inventor do conceito velas-são-românticas a jantar, eu sempre gostei de ver a cara das pessoas com quem janto.
Mandei vir um prato de carne grelhada com puré de batata e salada. Para beber, uma garrafa de água. Vinte centilitros a dois euros, que esta gente faz-se pagar. Qualquer prato que se escolha vem acompanhado de uma porção de batatas fritas. À minha frente, umas senhoras nos sessentas arredondavam as formas com enormes canecas de cerveja, enquanto petiscavam as batatas, que em restaurantes menos chungas se chamam de pommes frites.
Para o holandês tudo o que lhe põem à frente é motivo para bradar lekker, o que em português quer dizer "delicioso". Mas tudo isso é dito com tanta falta de emoção e tão independentemente da qualidade da comida que desconsola os demais. Para eles, não interessa realmente se sabe ou não bem. Interessa o preço, a quantidade, se está ou não quente, mas acima de tudo o aspecto e o ambiente que os rodeia. Para um holandês, uma comida é melhor que a outra se o restaurante tiver melhor aspecto. De resto, pouco importa. Por isso a omnipresença das velas.
O meu jantar estava delicioso. Batatas fritas à parte, que não jogavam com o resto mas das quais não resisti a petiscar, foi dos pratos mais bem conseguidos que comi em restaurantes a preços acessíveis. Não que eu seja grande apreciador... Mas estava realmente bom. Não resisti a pensar que esta mesma comida dada a holandeses, é claramente pérolas a porcos...
7 comentários:
Não se de que te queixas! Os Neerdlandeses cozinham muito bem, tanto que quando estive aí, tive num restaurante em Amsterdão que era de locais, com muito pouco ênfase na decoração (quase que parecia uma tasca) mas que serviam de sashimi a risotto estremamente bem preparados e sim, "lekker".Para além disso, não havia menu e o chefe vinha à mesa explicar os pratos disponíveis no dia. Em relação às velas, realmente eles têm um fetish estranho qualquer. =) Ah, e mais uma coisa, nesse restaurante eramos os únicos "não-locais" (para não dizer estrangeiros).
Talvez na maior parte dos casos tenhas simplesmente puro azar ao escolher os restaurantes?
*evil smirk*
É óbvio que em qualquer país há sempre uma elite e lugares de excepção. Por outro lado, Amesterdão é tanto o típico holandês quanto Londres o típico britânico. São locais diferentes.
Não é só azar a escolher os restaurantes... Toda a atitude dos holandeses em relação à comida é péssima! Quando vieres cá a um congresso e te derem do que eles comem, aí sim verás. :)
Achei muito interessante este teu post! Aprecio muito a arte de cozinhar e comer e por isso gosto imenso de saber mais sobre as tradições gastronómicas dos outros países.
Pelo que conheço, dou-te razão. Onde a perdes é quando pagas 2 euros pela agua! Naaaaaa!
Eu antes pedia água da torneira, mas depois de ma recusarem "n" vezes, desisti. Como não bebo vinho e sumos fazem mal, ou passo sede ou tenho mesmo de pagar! Ma acredita que bem me custa!
As lekker pommes frites é que não te hão-de ter feito grande bem à vesícula!
Quanto a fetishes, ainda acho pior aquele que eles têm pelas decorações natalícias. É um exagero!!!
Só comi 3 ou 4!!! Mas claro que não devem ter feito bem. ;)
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