Estão todos convidados para a minha, e espero que nossa, nova casa:
Relapsias.
14.5.06
12.5.06
Novidades
A interrupção do Minudências por tempo indefinido ganhou contornos de definitiva, pouco após ter escrito o último texto. Eu não quero continuar este blog, porque sinto que não corresponde à minha realidade actual. Mas, ao mesmo tempo, gostava de continuar a ter um espaço onde me possa exprimir e dialogar, onde tenha acesso a perspectivas diferentes sobre temas que me interessem discutir. E, se não sinto saudades deste blog - sou pouco dado a saudades -, já as sinto dos seus comentadores.
Decidi assim criar um novo blog, em breve. Não para recriar este, que não quero nem faria sentido. Quero um espaço mais adaptável aos meus caprichos. Porventura menos original. Com menor frequência de textos. Sem expectativas.
Vou deixar a ideia amadurecer e a vontade acumular. Depois trarei novidades. Um abraço a todos.
Decidi assim criar um novo blog, em breve. Não para recriar este, que não quero nem faria sentido. Quero um espaço mais adaptável aos meus caprichos. Porventura menos original. Com menor frequência de textos. Sem expectativas.
Vou deixar a ideia amadurecer e a vontade acumular. Depois trarei novidades. Um abraço a todos.
3.5.06
Lingering-free zone
Mais por instinto que por razão, decidi interromper o Minudências e lugares comuns por tempo indefinido. Não sei bem porquê. Talvez por ver outros blogs fechar. Por precisar de me dedicar mais a outras coisas, e a mim mesmo. Porque estou noutra fase da minha vida. Porque passar tempo em excesso na internet é pecado (piadinha! Mas, claro, tudo o que é excesso faz mal). Porque preciso de uma pausa. Porque criei uma dinâmica que agora não consigo acompanhar. Porque este espaço me deu o que queria. Não sei... Na realidade, pouco importa. Um blog deve servir o seu dono (good boy!), não o contrário. Asi es.
Tenho então a oportunidade de fazer um balanço (yay!).
Tudo começou em Dezembro, num doloroso novo início:
Tenho então a oportunidade de fazer um balanço (yay!).
Tudo começou em Dezembro, num doloroso novo início:
"Este blog é o meu espaço, é onde me reencontro com quem sou. Pode durar um dia ou um ano. Vejo um blog algo como um estado de espírito. Demasiado volátil para que perdure. A ver vamos. Bem vindos ao meu blog."
Tinha acabado a minha primeira - e última - relação, e ao período mais conturbado da minha vida seguia-se um vazio difícil de gerir. Fui invadido pela desilusão. Mas essa em mim é circunstancial, enquanto o optimismo é estrutural.
Animei-me um pouco algum tempo depois, a julgar pelo relato erótico. A este seguiu-se a essência de um beijo.
Esta imagem deu azo a comentários muito desagradáveis, que tive de apagar. Foi então que tive de instituir - e usar - a censura prévia no blog. Que nem um Salazar.
Em Janeiro, escrevi um texto em espanhol que marcou um ponto de viragem no blog. Continuou a ser intimista, mas também passou a incluir um bocado de política e actualidade, embora esses sejam temas dos quais me tentei afastar. Pouco depois, o primeiro texto sobre o Amor:
"é lotaria para a qual sempre comprarei o bilhete"
Acabou por ser esse o tema mais em foco neste espaço: o Amor. Pelo menos foi aquele sobre o qual mais gostei de reflectir, e que deu azo a mais comentários.
A polémica sobre o casamento homossexual também passou por aqui. Mas para mim, enquanto católico praticante, mais importante que isso, é a questão moral. A homossexualidade é pecado?
Dois desafios foram lançados, num registo diferente do resto do blog, e rapidamente cheguei ao texto número 100.
Uma outra reflexão sobre o Amor deu origem a 20 comentários. Vinha a propósito da encíclica papal sobre o mesmo tema, que me fez perguntar-me se o Papa também leria o meu blog, que na altura parecia estar na moda. A qualidade dos comentários no Minudências - objectivamente superior à dos textos que os originavam - fez-me dar mais atenção aos comentadores, e passei a escrever um pouco em função dos mesmos.
Caí da bicicleta (ouch!). Só agora é que me considero recuperado a 100%. Mas entretanto ainda deu para reflectir sobre a origem dos preconceitos, repensar a minha relação com o ex, e perguntar:
Vale a pena entrar numa relação que se adivinha finita à partida? É melhor aproveitar a felicidade que a vida nos traz no momento ou compensa esperar por alguém que nos encha as medidas?
São as expectativas demasiado altas que nos privam ou as expectativas demasiado baixas que minam aquilo que realmente queremos e nos fazem aceitar algo bonzinho?
Respondi aqui, ao que fui acompanhado por 30 comentários. O que este povo gosta mesmo é de Amor. Mostrei ao meu melhor amigo este blog, e correu tudo bem. A partir desse momento, o blog entrou em velocidade cruzeiro, com texto após texto.
Em jeito de conclusão: orgulho-me de ter construído um espaço de partilha, que penso que soube gerir de modo a dar azo a participações inteligentes. Nisso, obviamente, o mérito é de quem comentou este espaço. Aprendi muito, e fiz amigos. Continuarei a ler e comentar blogs e talvez um dia volte aqui. Amanhã, daqui a uma semana ou um mês, ou nunca. Agora, precisava mesmo desta interrupção. Um abraço a todos!
Contacto: minudenciascomuns@gmail.com
1.5.06
Imagens
Na primária, braços abertos, a andar à roda sem sair do mesmo sítio, a senhora magra do sininho "ó meninos, que podem cair", alegria estonteante e centrifugada.
No Calvin & Hobbes, sentindo-se assim zonzo, o tigre, titubeante, pede "podiam parar o mundo? Queria-me apear".
Uma estrela encaixada entre dois cabos de electricidade, à qual tiro uma fotografia piscando os olhos. Prometi-me não mais me esquecer. Era um fim de tarde e o céu estava carmim. E eu que nem sei o que é carmim, mas era o que estava.
O momento em que mandei uma mensagem de carinho ao meu eu do futuro, agora presente. Um dia haveria de lembrar-me, e hoje é um desses dias. Passei tanto tempo a odiar esse miúdo fraco que era, quando ele só queria ser amado por mim próprio. Ainda vejo a mão, que me estendi e que agora posso agarrar, num sequência de eus de pequenino para agora. A cada momento como o menino da primária, de braços abertos, mas agora sem estar zonzo. O passado numa mão, e a outra estendida para o futuro.
No Calvin & Hobbes, sentindo-se assim zonzo, o tigre, titubeante, pede "podiam parar o mundo? Queria-me apear".
Uma estrela encaixada entre dois cabos de electricidade, à qual tiro uma fotografia piscando os olhos. Prometi-me não mais me esquecer. Era um fim de tarde e o céu estava carmim. E eu que nem sei o que é carmim, mas era o que estava.
O momento em que mandei uma mensagem de carinho ao meu eu do futuro, agora presente. Um dia haveria de lembrar-me, e hoje é um desses dias. Passei tanto tempo a odiar esse miúdo fraco que era, quando ele só queria ser amado por mim próprio. Ainda vejo a mão, que me estendi e que agora posso agarrar, num sequência de eus de pequenino para agora. A cada momento como o menino da primária, de braços abertos, mas agora sem estar zonzo. O passado numa mão, e a outra estendida para o futuro.
Não há dúvida que é crucial a relação que temos conosco mesmo. Sabermo-nos amar, e perdoar. Aceitar. Ser razoáveis. Já me odiei com todas as minhas forças. Mas, como em todas as relações, há os dois lados. Se me odiei, igualmente me senti odiado. Assim me magoei, e me odiei mais por ser tão fraco, e mais magoado fiquei de me odiar. Estranha dicotomia dentro de mim mesmo. Mas o tempo cura todas as coisas, se fizermos por isso e nos deixarem. Aqui, foram cruciais as pontes que deixei para o futuro. Agora dão-me paz.
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