Há perguntas a que já não apetece responder, de tanta vez que são perguntadas. Mas, volta a meia, voltamos a colocá-las.
Porque nos sentimos atraídos por este/a e não por aquele/a? Que critérios regem o coração? O que é que o órgão cardíaco (coitado, ele que não tem culpa nenhuma lá personifica o amor*) sabe que eu não sei? É injusto. E não é justo. Entretanto, os deuses divertem-se:
- Ó cupido, não era engraçadíssimo se aqueles dois se apaixonassem?
Não, cupido, não era. Vê lá se tens mais critério da próxima vez. Enfim, o Big Brother continua na moda lá pelo Olimpo. Nada de novo debaixo do Sol.
* em letra minúscula, pois falo no sentido lato.
Porque nos sentimos atraídos por este/a e não por aquele/a? Que critérios regem o coração? O que é que o órgão cardíaco (coitado, ele que não tem culpa nenhuma lá personifica o amor*) sabe que eu não sei? É injusto. E não é justo. Entretanto, os deuses divertem-se:
- Ó cupido, não era engraçadíssimo se aqueles dois se apaixonassem?
Não, cupido, não era. Vê lá se tens mais critério da próxima vez. Enfim, o Big Brother continua na moda lá pelo Olimpo. Nada de novo debaixo do Sol.
* em letra minúscula, pois falo no sentido lato.
13 comentários:
Mas uma coisa penso...ainda bem que não é a razão, a lógica a determinar o destino das setas do cupido. Seria matemática, geometria, mas não amor com tudo aquilo que ele tem de incompreensivel.
"Não, cupido, não era. Vê lá se tens mais critério da próxima vez."
Mas, oh alminha, o ponto é que não há "critério" ( por algum motivo tem os olhos vendados ) - e é aí que está um dos encantos da coisa!
Se fosse previsível, justificável, compreensível - que piada é que tinha, não me dizes?
Vale, miúdo,
ZR.
o usuário Anónimo explica:
O facto de não se saber o porquê das coisas, não deveria implicar a atribuição do acontecimento das mesmas a divindades supremas. É que se assim for, então não possuímos controlabilidade sobre as nossas acções e aquilo que sensoriamos do mundo e que sofre processamento (químico), enfim, aquilo a que chamamos sentimentos (palavra relativamente abstracta, no sentido de aglutinar em si outros pequenos blocos abstractivos que por sua vez têm por base fenómenos reais) não seriam mais do que padrões induzidos sobre nós mesmos o que nos retiraria (se é q temos) a unicidade, a individualidade, em suma, o caráter de entidade indivisível e universal que pensamos possuir. E isso seria um ultraje ao nosso egocentrismo! Não pode ser, nós somos unos (?). Atribuir aquilo que não podemos explicar a seres imaginários (podendo muito bem ser reais, afinal o mundo pode muito bem não ser apenas aquilo que sensoriamos, e não é de facto) simplesmente é preguiça por não lutar contra o desconhecimento e a ignorância. Não será precipitação concluir sem prévio estudo que não tem explicação? Novamente o usuário Anónimo, congregador do pensamento disperso, aconselha, expõe, resume, alimenta: o amor é uma sensação, um estado mental (isto é material tão complexo q fico logo sem vontade de escrever... por ocultar mais do que mostro...enfim, culpem-me se sou genial) compreensível ou pelo menos identificável pela camada consciente, mas, o que na realidade acontece é que os nossos sensores, ao serem estimulados pelo exterior (contacto visual, cheiro, toque, paladar, etc etc) obrigam o nosso sistema físicamente ligado ao mundo exterior (poder-se-ía dizer que estamos tão ligados ao mundo exterior, que cada um é tudo, afinal fazemos parte do mesmo corpo, e em rigor, todos seriamos luz, mas adiante...) a reagir de uma determinada forma, mas, de uma tal que tem que estar em conconância com o material genético que é o que possibilita a "réplica melhorada" de nós mesmos. A atracção é então, do ponto de vista de camadas mais baixo nível, a certeza de que a entidade percepcionada possui material genético que melhora as características genéticas da entidade que percepciona. E tudo isto ocorre a níveis microscópicos de equilibrios, tal como o facto de termos inúmeras bactérias e montes de bichos que nos fazem viver numa sociedade complexa e simbiótica para nós. Por outro lado, em alto nível, macroscópicamente isso pode ser visível (mas geralmente não ligamos a isso porque somos seres com relativa estupidez) no nosso par, no amor da nossa vida, o rosto do par tem semelhanças com outro ( nariz semelhante, testa semelhante, lábios semelhantes, queixo semelhante, sobrancelhas semelhantes, etc... ). No caso em q é o consciente a impor a si mesmo os padrões do "amor", então se a pessoa gosta de si mesma, acontece o anterior e se a pessoa não gosta de si mesma então busca no outro o seu contrário ou aquilo que gostaria de ser.
Outro dia esclareço outros assuntos como por exemplo:
- quantos anos leva o material genético a espalhar-se por toda a população terrestre
- ser humano, a experiência genética levada a cabo pelos nossos "deuses"
- o sistema vida, entre outros assuntos incríveis
Ass: o cientista Anónimo
Cada vez mais se aprofundam as minhas suspeitas sobre o homem por detrás da máscara do Anónimo. Então depois deste texto... :)
Vou tentar espreitar por debaixo da máscara sem de facto desmascarar: ó Anónimo, por acaso não terás um primo que gosta de pastilhas (yes!)?
O usuário Anónimo
Adverte:
As pastilhas elásticas, quase todas elas possuem uma fonte de fenilalanina, o que, para aquelas pessoas que não possuem a enzima fenilalanina hidroxílase é um bocado chato pois nao conseguem transformar a fenilalanina em tirosina, o que pode provocar a famosa idiotice fenilpirúvica. Por isso tenham cuidado com as pastilhas elásticas.
Informa:
O corpo humano precisa da fenilalanina mas não a consegue sintetizar; ajuda na concentração e na memória entre outras coisas; se calhar é por causa disso que o meu primo gosta de pastilhas,não sei... Tenho outro primo que não gosta.
Ass: o usuário Anónimo
Pronto, Anónimo, claramente tu és tu. Bem me parecia, até porque nunca encontrei nenhum ele ou ela capaz de ser tão tu como tu és. E ainda bem, porque macroscopicamente (e colocando de lado todas as considerações - magníficas, por sinal, mas no presente contexto de somenos - que acima exprimiste) és realmente único. Com tudo o que isso acarreta, que ser irrepetível é de grande responsabilidade.
Um abraço para ti. :)
tenho saudades de quando acreditava que havia lá em cima um puto de arco e flecha, semi nú, a bafejar quem passava cá em baixo.
Crescer devia ser proibido...
Um bocadinho com uma certa pressa mas sem deixar de passar por aqui...
Pois vocês têm sorte que eu tive que ser caçador e cupido, tudo ao mesmo tempo e, ainda escrever uma carta de Amor com quarenta folhas e provar-lhe que o facto de serem quarenta e não dez tinha um significado acrescido, o número de páginas conta, segue proporcional ao resto. Depois explicar-lhe que eu era mesmo a pessoa ideal, que cozinho, jogo ténis e danço (tento) e ainda consigo pôr umas órbitazinhas exactamente como eu quero (lol) não sou muito gira mas isso não interessa nada (aqui vai aguçando a curiosidade do leitor, ai e se ela é mesmo gira...ou assim tão feia...). Depois tive que lhe explicar que a diferença de idade não interessa nada porque eu sei ter cinquenta anos nas coisas sérias e dizer-lhe infinitas vezes que é a própria poesia, porque claro, quase quatro anos depois estou mais apaixonada do que uma cebola, vocês não imaginam o quanto a minha cara metade é realmente uma mulher linda.
Um dia conto-vos como lhe entrei pelo escritório dentro a dizer que estava desempregada e precisava de emprego, e eu dava aulas quase porta com porta! A carinha dela a olhar para o meu cv com o sobreolho tipo, o que é que esta quer aqui, e depois como quem não quer a coisa vamos tomar um café e olha ainda hoje...
E não é a minha cara metade, que a minha cara é inteira. Mas é bem a minha vida metade que sem ela não seria inteira.
beijos então ao senhor cupido que rouba a uns para dar a outros que eu a roubei como se rouba uma flor e disso eu não tenho dúvidas.
e beijos para vocês também!
Bolas, que isto ficou grande e eu tenho que ir
AR (A_inhaR)
/me,
O Cupido andou por aí outra vez a fazer estragos? Ele às vezes parece um tanto ou quanto embriagado.... :)
olha, não batam no cúpido que o gajo às vezes acerta... ;)
o cupido brinca sempre às paixões :) não acho que faça por mal. talvez devessemos ver as coisas de maneira simples, como ele. mesmo sem se compreender!
mas, é de paixões que falo, e não de Amor. :)
Pois, o usuário Anónimo, com o seu determinismo materialista de raiz bioquímica, faz lembrar um comentador que conheço, faz.
É muito giro o que ele diz.
Mas porque te ficas pelo patamar bioquímico? O nível de complexidade é ainda tão grande ...
Eu descia aos leptões, aos fotões, aos quarks, aos gluões, ... aí é que deve estar A explicação. ( sobretudo, tratando-se de amor, nos gluões ).
Por princípio metodológico, larga a Bioquímica e atira-te à Teoria Quântica do Campo.
Não te conheço - mas deves ser muito castiço!
Um abraço, Bioquímico,
ZR.
Miguel, mas o Cupido às vezes passa-se. :P A sério!
Palmira, receio que estarão mesmo loucos. :D
ZR, se fosse previsível, só o seria no sentido em que nos apaixonaríamos por pessoas pelas quais racionalmente fizesse sentido. Mas, a partir do momento em que surgisse a paixão, ia a razão água abaixo. Por mais previsível que fosse o Cupido, não o seria a razão.
Quanto ao nosso amigo usuário Anónimo, castiço é uma boa palavra para o descrever. Há mais, mas deixo que ele se revele. :)
Isolamentos, não, a culpa não é tua. :)
Luísa, a realidade parece ser bem mais complicada. Mas, por isso mesmo, há espaço (no meu imaginário, pelo menos) para o Cupido, como simplificação da realidade. É mais fácil "acreditar" nisso do que tentar perceber o que o usuário Anónimo tenta explicar!
zibl, eu já acredito em amor à primeira vista! Só que tenho o cuidado se o amor tem potencial para ser Amor. (Onde se ilustra o poder de uma maiúscula!)
AR, tu que estás tão de bem com o sr. Cupido não lhe queres meter uma cunha por mim? ;) (história bonita, a tua!)
Manuel, não, o "anjinho" tem-me deixado em paz. Eu é que aproveito para desancar nele agora, que quando se está apaixonado é tudo florzinhas e passarinhos e só apetece agradecer-lhe.
boleia, e os estragos que provoca quando falha? :P
E ele tem uma licença de arma para andar assim a disparar setinhas? Acho tudo muito estranho...
Milocas, olha, e se roubássemos o arco e as setas ao anjinho (aqui usado com sentido duplo) e tomássemos o assunto nas nossas mãos? Fazíamos uns casalinhos insólitos. :)
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