15.4.06

As regras

Segue o coração e deixa-te ir parece-me muito bem, quando não se magoa ninguém.

Mas entre duas pessoas há sempre riscos. Alguém que se pode magoar. Se a regra é o medo, nunca se avança. Mas ir sem travões é arriscar, e não apenas o que é nosso.

É curioso como tantas vezes a cabeça não sabe o que sente o coração. Quais as regras? Os limites?

10 comentários:

Mikael disse...

Sempre fui a favor de arriscar (riscos calculados). Detesto quando fico com a sensação de ter perdido uma oportunidade por ter ficado estático com medo de me magoar. Mas sim, já me magoei no processo, mas pelo menos não me arrependo.

Claro que quando estão outras pessoas envolvidas o "jogo" torna-se mais complicado, e tal como no xadrês há que saber posicionar bem as peças e dar espaço ao outro jogador para ele colocar as suas.
Essa para mim é a regra fundamental. Conhecer os nossos limites (e objectivos) mas também ter presente os limites (e objectivos) da outra pessoa.

O problema é que o Xardes é um jogo da mente, e o Amor um do coração... o que torna tudo ainda mais complicado... ms nunca ninguém nos disse que a vida não era complicada.

O meu conselho, se mo permites, é que tentes estabelecer um diálogo entre a cabeça e o coração, para acima de tudo saberes o que queres, impondo-te regras e definindo limites. Porque caso não o faças o jogo torna-se desleal.

Um abraço e boa páscoa.

Mr Fights disse...

A regras e os limites vão sendo construidos a pouco e pouco. E são destruidos sempre que a vida nos leva em sentido contrário.

é uma espécie de cubo mágico em que as faces se movem uma de cada vez de forma aleatória. Quando uma face está da mesma cor é apenas porque provavelmente no próximo movimento do cubo vai deixar de estar.

a diferença é que na vida somos nós que mudamos o cubo. mas mesmo quando esle está perfeito caímos quase sempre na tentação de o continuar a mudar

LeGourmet disse...

Há um velho ditado que diz:

"Quem pensa não casa e quem casa não pensa"

Anónimo disse...

A cabeça não sabe o que o coração sente, o coração não sabe o que a cabeça pensa.

Paulo Afonso disse...

O coração não tem regras de viagem... e quem julga que os tem, está enganado; pois o coração, não raras vezes, surpreende-nos e derruba-nos toda uma catedral de ideias e razões. Lá diz um ditado: Dai a César o que é de César! Pois bem, no que tiveres de pensar usa a razão, no que tiveres de sentir usa o coração! Se te magoares... foi um risco que correste, mas correste por lealdade a ti próprio; porque um homem define-se pelo seu coração e não pela sua inteligência!

Ritinha disse...

olá!já voltei de viagem e vim fazer-te uma visita, como ficou prometido. vou ficar por aqui + um pouco a ler os teus posts.

Beijinhos

Joanissima disse...

Não há regras. Nem limites. Por isso, às vezes, doi tanto... Porque de cada vez que as descobre e que os impões, novas situações surgem e trocam-te as voltas todas...

(suspiro)

Minudências comuns, diria eu... : )

Tongzhi disse...

Há que criar consenso entre o coração e a razão

Anónimo disse...

Primeiro andamento:
Segue-se o coração na pré-escolha de alguém, alguém com quem se "engraça", sabe-se lá porquê.

Segundo andamento:
Segue-se a cabeça na avaliação dessa pessoa, através das suas acções. Serve, não serve ( para o fim em vista )?

Terceiro andamento:
Se serve, segue-se de novo o coração, quero dizer, atiramo-nos de cabeça, sem pensar nas consequências.

Magoamo-nos? Magoamos o outro? Paciência ...

Se há terceiro na história, entra no segundo andamento, na definição do "fim em vista".

Em teoria, é fácil; na práctica, é muito difícil distinguir as etapas e saber usar o "mode" adequado, coração/cabeça/coração.

Mas chega sempre uma altura em que é preciso atirarmo-nos de cabeça, sem pensar nas possíveis consequências negativas, que incluem o magoarmo-nos ou magoarmos o outro.

Aliás, o mesmo esquema funciona em muitas outras situações da vida.

'braços,
ZR.

b' disse...

quem não arrisca, não petisca

cautelas e caldos de galinha nunca fizeram mal a ninguém

no meio é que está a virtude

@:)