20.12.05

Why oh why?

Não sabia que o pai lhe tinha morrido em 2003. Quando sacou a foto dele da carteira, os meus colegas continuaram impávidos, como se falássemos de futebol. Nada a que não esteja já habituado. É gente de fazer pedra mármore parecer calorosa. Peguei na conversa, já que mais ninguém parecia estar interessado. Foi um homem interessante, o pai dele. Tinha ele 3 anos, uma alemã disse "que criança ariana tão pura". O pai cuspiu na cara da senhora, pegou na mão ao filho e saíu de lá. Noutra ocasião, apontou uma arma ao joelho do patrão, que lhe devia salários. O meu amigo contou-me isso e mais com o ar mais sereno, mas triste, do mundo. Mas via-se que tinha encontrado consolo nestas pequenas histórias.

Porque é que as pessoas são tão indiferentes ao sofrimento alheio?

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